
A segunda audiência de instrução e julgamento foi realizada ontem; sentença deve sair em 30 dias
Filipe Rodrigues
São José dos Campos
O delegado Damasio Marino disse que os ferimentos de Anatole Morandini podem ter sido causados pelo anel que ele usava.
A declaração foi dada ao juiz Carlos Gutemberg de Santis Cunha na última audiência de instrução e julgamento sobre o caso, realizada ontem à tarde no Fórum de São José.
Damasio é acusado de ter agredido o cadeirante a coronhadas após uma discussão de trânsito por uma vaga de estacionamento no dia 17 de janeiro. Antes, a versão apresentada pela defesa sustentava que o delegado deu dois tapas após receber uma cusparada de Anatole.
Além de Damasio, também foi ouvido Vernei Antonio de Freitas, delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), que depôs como testemunha de defesa.
Julgamento. A segunda audiência do caso teve início às 15h30. Damasio e o delegado Freitas eram as duas últimas de 10 pessoas que deveriam ser ouvidas pelo juiz.
Freitas foi o primeiro a ser ouvido. Ele foi convocado por Luiz Antonio Lourenço da Silva, advogado de defesa, para falar sobre o caráter do acusado.
“Sempre foi uma pessoa atenciosa e calma. Não posso falar sobre a agressão porque não vi, mas acho difícil alguém como o Damasio ter tido um comportamento tão grave”, diz Freitas.
Acusado. Segundo o processo, Damasio responde pelos crimes de lesão corporal dolosa, ameaça e injúria.
Segundo provas colhidas pelo promotor Flávio Albernaz, a agressão causou ferimentos no rosto e na cabeça de Anatole.
Segundo a defesa, no depoimento, o delegado manteve a versão da agressão a tapas e disse que os ferimentos em Anatole podem ter sido causados por um anel que ele usa.
“O ferimento causado por uma coronhada é totalmente diferente dos que o advogado apresentava. Tudo aconteceu muito rápido, o Damasio não viu se ele sangrava”, diz Luiz Antonio Lourenço Silva.
Decisão. Após a audiência, o juiz afirmou por meio de um assessor que deve dar a sentença em até 30 dias.
Ele negou à defesa que anexasse ao processo um boletim médico sobre a causa da deficiência de Anatole.
“Entendo, que a defesa, pretende demonstrar que a vítima é pessoa difícil, beligerante, talvez revoltada com sua condição de cadeirante. Mas o que importa é seu comportamento atual
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