Polícia investiga hipótese de crime sexual contra irmãs de Cunha

Após ficarem desaparecidas por cinco dias, corpos das meninas de 16 e 15 anos foram encontrados em um campo de futebol com cortes nos pescoço e roupas rasgadas; polícia ainda aguarda laudo pericial para confirmar ou não estupro

A Polícia Civil acaba de confirmar que os corpos das irmãs Joseli Laurentino de Oliveira e Juliana Vânia de Oliveira, de 16 e 15 anos, apresentavam cortes profundos no pescoço. As meninas foram encontradas na manhã desta segunda-feira, após ficarem cinco dias desaparecidas, na zona rural de Cunha.

A nova linha de investigação da polícia trabalha com a hipótese de crime sexuial seguido de morte. De acordo com a delegada titular da seccional, Sandra Maria Pinto Vergal, já há um suspeito pelo crime. Ela, no entanto, não revelou detalhes da investigação. Informações preliminares dão conta que o criminoso seria foragido da Justiça.

A polícia ainda aguarda laudo pericial para confirmar o estupro. Segundo a delegada, possivelmente, o autor do crime não agiu sozinho e tinha conhecimento do local e da rotina das meninas.

O CASO - Os corpos foram encontrados por um grupo de seis policiais e dois cães farejadores por volta das 7h40 desta segunda-feira em um campo de futebol no bairro Jacuí, em Cunha, próximo à casa em que elas moravam.

Apesar da proximidade, o local é de difícil acesso --fato que dificultou as buscas. Segundo a polícia, os corpos foram encontrados em avançado estado de decomposição e as roupas das garotas estavam rasgadas.

As adolescentes foram vistas pela última vez na quarta-feira passada, dia 23 de março, quando voltavam da escola, zona rural da cidade. (Clique aqui para saber mais sobre o desaparecimento das adolescentes)

Será realizada necrópsia para descobrir a causa da morte. Os corpos foram levados para Guaratinguetá, mas o velório e o sepultamento ocorrerão nesta terça-feira em Cunha.

Familiares e amigos estão indignados com o crime. Para o lavrador Jair Ribeiro Silva, 54 anos, que é amigo da família, o assassino conhecia bem o local.

"Nunca vi crime tão bárbaro, mas eu acho que quem cometeu é aqui de perto porque teria que conhecer bem o local onde os corpos foram deixados", disse.