O Carnaval, o Investimento Público e o Prejuízo da Coletividade - Ap. Cesar Augusto
Tenho acompanhado com muito interesse a história do carnaval no país, principalmente por ser declarada e notoriamente contra a promoção que se faz da festa, muitas vezes com dinheiro público e a despeito da consideração de todos os danos que ela gera a curto, médio e longo prazo para a sociedade. Ano após ano, sempre nessa época, venho denunciando as mazelas do carnaval e seus números nefastos nesta coluna, com o objetivo de fomentar reflexão, de debater pontos de vistas que sigam além do senso comum. Muitas pessoas criticam minhas colocações sem o devido aprofundamento no tema, mas ao longo desses anos, também tenho percebido uma sensibilização de muitos para a observação de questões sérias ligada ao carnaval.

É preciso entender que o carnaval é uma indústria, um gigante segmento econômico que movimenta muito dinheiro. O incêndio no galpão onde as escolas preparavam suas fantasias demonstrou uma pequena parte do que está em jogo. A estimativa, por exemplo, é de que só no Rio de Janeiro, onde a festa é uma das mais tradicionais, o carnaval movimente cerca de 1 bilhão de reais.
Certamente não remunera os milhares que trabalham por paixão nas escolas de samba e blocos carnavalescos. Também, não é reservado para socorrer as vítimas de acidentes de trânsito, que sempre aumentam durante o feriado nas estradas do país. Não vai para a rede pública de saúde que acaba atendendo vítimas de acidentes e gente que se contamina com DST por promiscuidade que é incentivada pelo clima do festejo.

Certamente não remunera os milhares que trabalham por paixão nas escolas de samba e blocos carnavalescos. Também, não é reservado para socorrer as vítimas de acidentes de trânsito, que sempre aumentam durante o feriado nas estradas do país. Não vai para a rede pública de saúde que acaba atendendo vítimas de acidentes e gente que se contamina com DST por promiscuidade que é incentivada pelo clima do festejo.
O dinheiro fica nas mãos dos que comandam o “negócio”, daqueles que exploram a paixão dos outros e não precisam arcar com nenhuma consequência dos excessos. Um exemplo são as grandes emissoras de tv, que transmitem as festas, lucram milhões com publicidade, exibem o samba, exibem as nuances tidas como positivas e ignoram que milhares de jovens norteiam-se apenas pelo que é promovido e não são informados, nem levados a mensurar, o que advém dos seus atos.
Uma das bases do argumento dos defensores do carnaval é de que o movimento da economia gera empregos, mas na maioria são empregos temporários, que começam alguns dias antes e se estendem por pouco tempo depois do feriado. Compensa o prejuízo?
É fato que pode ser facilmente comprovado em uma simples pesquisa na internet que há um aumento significativo de acidentes de trânsito, transmissão de doenças, gravidez não planejada, violência doméstica amplificada por efeito da bebedeira e da libertinagem. Muitos morrem nessa época por dirigir embriagados ou por se meter em brigas e confusões. E as famílias que veem a “festa” do excesso se transformar em luto? Tais fatores nunca são considerados na matemática que define se a festa é lucrativa ou não.
Isso é muito dinheiro. E para os defensores só isso serve como argumento para encerrar qualquer debate. No entanto, quero levantar questionamentos sobre isso e com a pergunta mais importante. Onde ficam esses recursos? Para onde vai o dinheiro, a quem beneficia?
Calculados, os custos que aumentam só para atender as demandas do carnaval e que incidem sobre as despesas públicas são enormes e passam pelas operações das polícias rodoviárias nas estradas, com pagamento de mais policiais, também há despesa no atendimento das ocorrências que aumentam, há gastos aumentados na rede de saúde e há vítimas de eventos relacionados ao carnaval que simplesmente perdem poder produtivo, famílias que passam a depender de assistência social.

Apóstolo César Augusto Machado de Sousa
Igreja Apostólica Fonte da Vida
Escritor, radialista e colunista do Diário da Manhã, em Goiânia - GO
E-mail apostolo@fontedavida.com.br
FONTE:-"SER UM CRISTÃO APOSTÓLICO"

Calculados, os custos que aumentam só para atender as demandas do carnaval e que incidem sobre as despesas públicas são enormes e passam pelas operações das polícias rodoviárias nas estradas, com pagamento de mais policiais, também há despesa no atendimento das ocorrências que aumentam, há gastos aumentados na rede de saúde e há vítimas de eventos relacionados ao carnaval que simplesmente perdem poder produtivo, famílias que passam a depender de assistência social.
Certamente não remunera os milhares que trabalham por paixão nas escolas de samba e blocos carnavalescos. Também, não é reservado para socorrer as vítimas de acidentes de trânsito, que sempre aumentam durante o feriado nas estradas do país. Não vai para a rede pública de saúde que acaba atendendo vítimas de acidentes e gente que se contamina com DST por promiscuidade que é incentivada pelo clima do festejo.
O dinheiro fica nas mãos dos que comandam o “negócio”, daqueles que exploram a paixão dos outros e não precisam arcar com nenhuma consequência dos excessos. Um exemplo são as grandes emissoras de tv, que transmitem as festas, lucram milhões com publicidade, exibem o samba, exibem as nuances tidas como positivas e ignoram que milhares de jovens norteiam-se apenas pelo que é promovido e não são informados, nem levados a mensurar, o que advém dos seus atos.
Uma das bases do argumento dos defensores do carnaval é de que o movimento da economia gera empregos, mas na maioria são empregos temporários, que começam alguns dias antes e se estendem por pouco tempo depois do feriado. Compensa o prejuízo?
Calculados, os custos que aumentam só para atender as demandas do carnaval e que incidem sobre as despesas públicas são enormes e passam pelas operações das polícias rodoviárias nas estradas, com pagamento de mais policiais, também há despesa no atendimento das ocorrências que aumentam, há gastos aumentados na rede de saúde e há vítimas de eventos relacionados ao carnaval que simplesmente perdem poder produtivo, famílias que passam a depender de assistência social.
Em tempos em que os governos se mostram em contenção de despesas, com cofres em situação preocupante, não é muita contradição existir investimento público em uma festa que provoca aumento nos gastos e não representa de fato o interesse público?
Quando disse, no início desse artigo, que tenho visto mudanças nesse quadro, referia-me à notícia de que alguns prefeitos e governadores estão revendo a prática de investir no carnaval o nosso dinheiro —que deveria ser direcionado a bens e serviços.
Em Palmas, no vizinho Tocantins, o prefeito Raul Filho, do PT, anunciou que não destinará verba para o evento entendendo que se a iniciativa privada é a interessada e principal beneficiada ela é que deve trabalhar por isso. Camarotes, palco, tendas ficam por conta dos blocos que tem que trabalhar pelo patrocínio.
Em Salvador, onde a tradição é bem mais forte que no Tocantis, o governo também anunciou um corte de 20% no investimento que é feito todos os anos. Um passo na direção justa de não torrar o dinheiro da coletividade em evento que trás lucros para uma minoria.
Estes são dois bons exemplos de avanço e podem indicar uma maturidade da sociedade no sentido de que quebrar o paternalismo e conter gastos de forma racional para a aplicação naquilo que interessa: o desenvolvimento das cidades, das pessoas. O carnaval não promove conquistas. Uma comemoração que estimula a alienação contradiz o desejo de progresso que o brasileiro tem manifestado e as notícias que comemoro podem significar que o carnaval começa a ser visto como é: um atraso.

Apóstolo César Augusto Machado de Sousa
Igreja Apostólica Fonte da Vida
Escritor, radialista e colunista do Diário da Manhã, em Goiânia - GO
E-mail apostolo@fontedavida.com.br

FONTE:-"SER UM CRISTÃO APOSTÓLICO"
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